A cantora e compositora Pernambucana Andrea Amorim está lançando "Em outra direção", Cd que traz participações mais que especiais de Lenine, Marcos Valle e Roberto Menescal, que inclusive, assina a direção artística do álbum. Natural de Garanhuns, ela já lançou cinco discos independentes: Cúmulo (2006), Amuleto (2007), Milagre (2008), Fragmentos (2009) e Ao meio por inteiro (2010), este último uma espécie de coletânea que trouxe canções gravadas anteriormente com uma nova "roupagem". Andrea foi vencedora de vários festivais de música, dentre eles, podemos destacar o Festival de música de Garanhuns, em 2006. Em janeiro, a cantora recebeu o prêmio Rising Star (destinado a artistas brasileiros que estão se destacando no mercado exterior) durante o evento Talento Brasil, que aconteceu em Miami (EUA). E por falar em exterior, ela também marcou presença em dois grandes eventos musicais importantes este ano: O Brazil Fest em Atlanta (EUA) e o Brazilian Day de Tóquio, no Japão.
Em outra direção chega às lojas nos próximos dias e os shows de lançamento acontecem no Rio, São Paulo e Belo Horizonte.
Em entrevista concedida a mim via e-mail, Andrea falou sobre sua vida em Garanhuns antes da fama, de sua paixão pela música, e claro, sobre o novo trabalho.
Priscila Toller : Como era sua vida em Garanhus antes da fama?
Andrea Amorim : Minha vida em Garanhuns era maravilhosa. Lembro com muito carinho da minha cidade e sempre procuro levar seu nome pra todos os lugares que eu vou, porque lá vivi os mais importantes anos da minha vida. Antes da música, eu era uma menina muito tímida e introspectiva. Depois que comecei a conseguir me comunicar com o mundo por meio da música, conseguir também me comunicar melhor com as pessoas ao meu redor. Eu me transformei na menina rebelde, que sonhava com um futuro na música. Sonhei e acreditei...Fui em busca, e dediquei todos os meus dias pra alcançar esse sonho. Até hoje é o que eu faço!
P. T : Quando e como começou sua paixão pela música?
A. A : Desde quando me entendo por gente, sempre sonhei estar num palco, seja dançando ou cantando. Eu sempre me imaginava dessa forma. Mas foi mesmo no início da adolescência que a paixão pela música emergiu de forma definitiva. Na minha casa, tinha um violão esquecido, e eu o peguei pra mim. Aprendi as notas básicas sozinha, e já comecei a compor algumas coisas. A minha maior influência, na época, foi Renato Russo - o meu primeiro grande ídolo na música. De lá pra cá, nunca mais saí desse mundo, mesmo passeando por outras áreas, concomitantemente, quando cursei Psicologia e Jornalismo.
P. T : Musicalmente falando, quais são suas maiores influências?
A. A : Como falei anteriormente, o meu primeiro grande ídolo foi Renato Russo. Mas depois outros vieram, como Edson Cordeiro e Maria Callas. Atualmente, tenho mergulhado em outros mares, e conhecido pérolas brasileiras, graças ao meu grande ídolo – Roberto Menescal.
P. T : Fala um pouco sobre a Banda Eclipse Urbano. Quais as lembranças que você guarda daquela época?
A. A : Guardo as melhores lembranças dessa época, pois foi um momento de descobertas, de realizações, de conquistas e claro, de muitas dúvidas e dificuldades, porém tudo foi válido. Cada momento foi especial, e cada um deles está escrito na minha alma. O primeiro show, o primeiro cachê, o primeiro festival que eu participei, os amigos verdadeiros que fiz e trago comigo até hoje, a minha família vibrando com minhas conquistas, e, da mesma forma, ao meu lado, nos momentos mais difíceis...enfim, tudo!
P. T : Seu novo trabalho - "Em outra direção", foi produzido por Roberto Menescal e traz algumas participações especiais, inclusive do Pernambucano Lenine. Como pintou a idéia de convida-lo?
A. A : Durante a gravação do disco, pensamos na possibilidade de uma participação no disco. O nome de Lenine foi unânime entre todos que participaram desse projeto, e o próprio Menescal tomou à frente disso. Foi uma enorme e grata surpresa pra mim, e, sobretudo, uma honra ter conhecido Lenine e a sua genialidade, que é tão natural.
P. T : Como você descreve a experiência de ter participadoeste ano do Brazilian Day, no Japão e do Brazil Fest em Atlanta (EUA)?
A. A : Inesquecível! O Japão é incrível, e as pessoas de lá são mais incríveis ainda! Foi um privilégio participar de um evento de tamanha magnitude como o Brazilian Day Tóquio. A emoção que eu senti naquele dia foi uma das maiores da minha vida! O Brazil Fest Atlanta foi também mais uma grande oportunidade de levar meu novo trabalho para um público diferente. Isso vem nos mostrando o termômetro do feedback, o qual tem sido sempre maravilhoso. Essa troca de energia com o público é, inatingivelmente, linda!
P. T : No cd Ao meio por inteiro, rolou uma participação do Roberto Menescal tocando violão na faixa "Penso, logo existo", e neste novo trabalho, há uma parceria musical entre vocês. Como é trabalhar com o Roberto?
A. A : Roberto Menescal é um anjo na minha vida, e eu costumo dizer que ele não tem luz própria, pois, pra mim, ele é a própria luz. Eu o admiro, incondicionalmente. Trabalhar com ele é maravilhoso, porque ele é prático e objetivo, e sempre é aquele que dar a cartada final, sabiamente, da melhor maneira possível. E estar ao seu lado é como estar sempre num barquinho, ao cair da tarde, sentindo o cheiro da vida e conversando com Deus.
P. T : Vamos falar agora um pouco sobre seu visual. Cabelo Lilás, Rosa... O que te motivou a pôr cores exóticas? Quantas tatoos você tem? Qual foi a primeira?
A. A : Sempre gostei de visuais mais diferentes, e sempre procurei adotá-los, mas com minha própria assinatura. O exotismo sempre me atraiu. A minha primeira tatuagem foi um eclipse nas costas, já que a minha primeira banda tinha o nome Eclipse Urbano, mas eu a cobri anos depois. Tenho oito tatuagens, sendo uma cobrindo todas as costas.
P. T : Quando acontece o lançamento oficial do álbum "Em outra direção"? Pretende viajar com o show pelo Brasil?
A. A : O lançamento oficial aqui no Brasil será em novembro, nos dias 11 e 12 no Rio de janeiro, e no dia 25, em São Paulo. Dia 7 de dezembro, levaremos esse show para Belo Horizonte. E vamos levar simpara outras cidades do Brasil, se Deus quiser. A maior intenção do artosta é fazer com que mais pessoas conheçam sua arte.
P. T : Pra encerrar nossa entrevista: Se você tivesse que se definir em apenas uma palavra, Qual seria?
A. A : Uma palavra: Busca. E se me permite, uma frase: O Palco é o meu céu e é lá que eu me encontro com Deus.
(Por Priscila Toller em 02/11/2011)