sábado, 3 de dezembro de 2011

“Interpretar canções é lidar com emoção” – Em entrevista exclusiva, Verônica Sabino fala de sua carreira musical.




Ela construiu sua história na música popular brasileira com muito talento e dedicação. Carioca, filha do escritor Fernando Sabino, Verônica fez parte do grupo vocal Céu da boca antes de lançar "Metamorfose", seu primeiro álbum solo em 1985. O sucesso veio em seguida com a canção DEMAIS (Versão de Zé Rodrix e Miguel Paiva para "Yes, it is" de John Lennon e Paul McCartney), que fez parte da trilha sonora de "Selva de Pedra”, a primeira de muitas emplacadas em trilhas de novela. Podemos destacar também clássicos como "Todo Sentimento" em Vale Tudo e "Tudo que se quer" em Tieta, onde fez um belo dueto com Emílio Santiago. "Considero um momento muito feliz na minha carreira", diz ela que chegou a fazer vestibular para Arquitetura e Letras, mas acabou optando pela música.
Dona de uma voz ímpar, gravou seu segundo disco “Como eu sei” em 1987. Em seguida, lançou os álbuns “Verônica” (1993), “Vênus” (1995), “Novo sentido” (1997), “Passando a limpo” (1999) – Coletânea de sucessos com algumas inéditas, “Agora” (2002) e o mais recente "Que nega é essa" (2009), lançado em CD e DVD (Primeiro de sua carreira) que traz clássicos da MPB, além de composições próprias. A cantora que também é conhecida internacionalmente, teve CDS lançados em países como Japão e França. “Meu trabalho foi muito bem recebido, muito valorizado”, conta.
Verônica está relançando seu Cd “Passando a limpo”, que incluí a
belíssima composição de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira Eu preciso de você”, destaque da trilha sonora de Insensato Coração e se apresenta com Roberto Menescal e Marcelo Caldi, próximo dia 20, no Centro Culltural solar de Botafogo, no Rio.

Confira a entrevista. 

 Priscila Toller : Verônica, quando você descobriu que queria ser cantora? Quando foi que a música entrou na sua vida?
Verônica S. : A música sempre esteve presente em minha vida, desde criança. Comecei estudando piano... Meu pai tocava piano e eu achava incrível. Ao entrar, na adolescência, para a Escola de Música Pro-Arte, resolvi participar do Coral como atividade extra classe... aí me apaixonei pelo canto.


P. T :  Como é ter sucessos inesquecíveis em trilha sonora de novelas tão importantes como Tieta, Selva de Pedra e Vale tudo?

Verônica S. : Interpretar canções é lidar com emoção, é bastante pessoal... e para mim, ter este momento transformado em sucesso, é muito gratificante.


P. T : "Tudo que se quer" é um clássico. Como foi gravar ao lado de Emílio Santiago?

Vêrônica S. : Uma belíssima canção em versão de Nelson Motta, um belo dueto... considero um momento feliz na minha história. E é ainda...


P. T : Quais são as músicas que o público pede sempre e que não pode faltar de jeito nenhum nos shows?


Verônica S. : Posso citar “Todo Sentimento”, do Chico Buarque e do Cristóvão Bastos.


P. T : Do Álbum "Agora" de 2002 até o "Que nega é essa" em 2009, foi um intervalo de 7 anos. Mas, nesse meio tempo, você lançou um cd na França. Como foi essa experiência?

Verônica S. : Lá fora, fica muito claro o nível de qualidade da cultura produzida no Brasil, principalmente de nossa música. Musicalmente somos de primeiro mundo. O meu trabalho foi muito bem recebido, muito valorizado.

P. T : "Que nega é essa" foi lançado em cd e dvd, que aliás, foi o primeiro da sua carreira. Qual foi o critério que você usou na hora de decidir que músicas entrariam nesse trabalho?


Verônica S. : Sendo meu primeiro registro em DVD, quis incluir momentos significativos da minha trajetória, além de alguns compositores que admiro.


P.T : Quais são suas referências músicais?

Verônica S. : De Chet Baker à Carmen Miranda, passando por Beatles e Bossa Nova. Cresci ouvindo música da melhor qualidade, sempre, não importando o estilo. Meu pai me ensinou a abrir o ouvido e o coração para a boa música.


P. T : O que você acha da nova geração de cantores da MPB?

Verônica S. : Muito bem-vinda, sempre...


Priscila Toller : Qual é a principal diferença que você vê no mercado fonográfico atualmente, se comparado ao início de sua carreira?

Verônica S. : Talvez a principal seja uma maior democratização do acesso à produção musical, via internet.



(Por Priscila Toller em 15/09/2011)

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